Como buscar e encontrar os fundamentos da vida?
Fundamentalismo e busca dos fundamentos
Fundamentalismo tem a ver com a busca dos fundamentos. A busca dos fundamentos não é ruim. Quando as mudanças que ocorrem no mundo chegam a destruir o quadro tradicional de referências, as pessoas, todos nós, nos sentimos inseguros e vamos em busca de uma nova segurança, de um fundamento mais sólido. Nunca se buscou tanto os fundamentos da vida como hoje, pois nunca tivemos tantas mudanças em tão pouco tempo em tão grande quantidade, em tantos níveis da vida e em tal profundidade, como hoje. Nunca estivemos tão desligados dos fundamentos da vida: desligados da natureza, do nosso passado, da nossa cultura, desligados de nós mesmos e do fundamento último que é Deus. “Como buscar e encontrar os fundamentos da vida?” Esta é a questão.
Na nossa linguagem a palavra fundamentalismo tem uma conotação negativa. A afirmação “Fulano é um fundamentalista” não é nenhum elogio. A palavra sugere uma forma duvidosa de se buscar os fundamentos da vida. Existem muitas formas de busca dos fundamentos. Nem todas ajudam. Algumas atrapalham, e muito!
Jó: fazer uma crítica radical à teologia da retribuição
O livro de Jó é o que melhor ajuda a perceber como a imagem que temos de Deus repercute na organização econômica, social, política e religiosa da sociedade, e como a tensão entre a antiga e a nova imagem de Deus afeta todos os setores da vida. Naquele tempo, a visão tradicional dizia e repetia: “Sofrimento e pobreza são castigo de Deus. Riqueza e bem-estar, sinais de recompensa divina!” Até hoje, este é o fundamento da assim chamada Teologia da Retribuição. Esta maneira de representar o relacionamento entre Deus e o ser humano beneficiava a elite e dava aos pobres e sofredores um complexo de culpa e inferioridade. O livro de Jó verbaliza a tensão entre a tradição dominante da elite e a incipiente consciência rebelde dos sofredores. O livro é um teatro. Jó representa os sofredores, cuja consciência estava começando a se rebelar. Os três amigos representam a visão tradicional, que eles defendem com unhas e dentes. A cabeça de Jó, formada pelo catecismo da tradição dominante, dizia: “Jó, você sofre e é pobre porque você é pecador! Deus está te castigando!” Mas o coração, a consciência, dizia: “Deus é injusto comigo! Não pequei! Quero brigar com Ele para me defender”. Jó acusa Deus e critica aos três amigos, que identificavam a presença de Deus com o nível econômico das pessoas: “Vocês usam mentiras e injustiças para defender a Deus!” (Jó 13,7). “Vocês são capazes de sortear um órfão e vender seu próprio amigo!” (Jó 7,27). A frase final de Jó é uma chave para todo o livro e para todos os tempos. Ele se dirige a Deus e diz: “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora meus olhas te viram. Por isso me retrato e me arrependo sobre pó e cinza” (Jó 42,4-6). Jó teve uma nova experiência de Deus e descobriu que a sua luta não era contra Deus, mas contra aquela imagem de Deus que falsificava a consciência das pessoas e impedia a convivência. Ele renasceu!
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Que lindo né gente.Talvez,você possa ter se espantado com essa imagem de Jesus negro,pois não é a que temos tanto contato.Tudo bem.Mas a imagem que conhecemos e essa,sinceramente não me faz nenhuma diferença.Jesus Cristo é muito mais do que qualquer imagem que possamos ter.
http://www.gilvander.org.br/ ,quem quiser conhecer mais esse Padre que ,podem acessar.Paz e bem.